Introdução
A falta de tratamento de efluentes e o seu descarte inadequado acarretam em problemas ambientais. Quando o tratamento não é realizado, o descarte destes efluentes nos corpos receptores e no solo torna-se altamente nocivo à composição química da água e ao lençol freático que aos poucos vão sendo contaminados. Segundo (Amaral Laı́s Oliveira & Santos, 2017), em áreas urbanas, com considerável concentração de pessoas, o lançamento sem tratamento dos esgotos aumenta ainda mais o risco, principalmente quanto à redução da qualidade da saúde da população. Por esta razão há a necessidade de se tratar os efluentes domésticos em ETE.
As Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) têm por objetivo reduzir a sua carga poluidora e atender aos padrões de exigências de lançamento no corpo receptor sem degradar o meio ambiente (Neumann, 2017). O tratamento de efluente doméstico, em especial, remove os constituintes presentes no esgoto que alteram as características físico, químicas e biológicas da água. Segundo (de Menezes & Mendonça, 2017), a escolha do tipo de tratamento para cada situação é feita considerando-se várias condições, desde a eficiência desejada até o custo final de operação. Existem vários processos disponíveis, por esta razão cada ETE possui um arranjo de unidades que varia em função das características desejadas para o efluente, respeitando os limites estabelecidos pela legislação vigente.
As ETEs, assim como qualquer processo, deve ser monitorada para que a eficiência do sistema implantado alcance o que foi previsto em projeto. O controle da estação é realizado através de vários parâmetros que podem ser determinados in situ a exemplo da vazão, do OD, SS, pH, SDT, condutividade e salinidade, e outros em laboratório através de coleta de amostras, como DBO, DQO, SST, nitrogênio amoniacal, fósforo, dentre outros. As determinações in situ e as amostras seguem procedimentos específicos para cada parâmetro, o que torna o controle manual suscetível a erros e esquecimentos.
Sabe-se, ainda, que cada um dos parâmetros possui uma metodologia específica e caso não haja um bom planejamento experimental podem ocorrer erros no processo de amostragem e de determinação dos parâmetros em laboratório (Nascimento Thaı́s Grazielle Vieira, 2017). Por esta razão há a necessidade de se utilizar ferramentas no auxílio do gerenciamento das atividades dos operadores das ETEs.
A tecnologia vem para agregar mais agilidade nos processos e seu uso já se faz presente em algumas ETEs do Brasil e é recorrente nos países desenvolvidos. Automatizar toda uma estação sai muito caro, mas há a possibilidade de desenvolver uma ferramenta computacional multiplataforma para controlar o processo no que se refere à coleta de dados do processo e metodologia de determinação de parâmetros, que hoje é realizada de manualmente nas ETEs do estado de Sergipe.
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